Há uns dois anos atrás eu conheci o Shelfari, um site da Amazon onde você pode marcar os livros que você já leu, está lendo ou quer ler, dentre outras coisas. Foi um achado que eu adorei, exceto por um motivo: não tinha livros em português.

Na época eu fiquei com vontade de fazer alguma coisa do tipo, em português, e comecei um esboço. Nessa mesma época foi lançado um site assim aqui no Brasil e eu comecei a usá-lo mas logo perdi o interesse porquê não tinha as coisas que eu queria.

Dei uma parada no projeto por mais de um ano. Voltei ao projeto, na época com Drupal 6, mas muito lentamente. Mexia menos de 2h por mês com isso. Aí, de uns tempos para cá, dei um boost no site. Troquei tudo para Drupal 7, refiz parte do tema, coloquei outras funcionalidade e hoje tenho o prazer de anunciar aqui o Tou Lendo!

Tou lendo! Registre suas leituras!

Como eu expliquei acima, o site é um tracker de livros que você já leu, está lendo ou quer ler. A idéia é simplificar as coisas e não complicar.

O projeto foi feito com Drupal 7, com um tema baseado no Omega, que é responsivo. Ao todo foram utilizados 48 módulos, sendo um deles personalizado para o site.

Uma das coisas mais legais de ter feito nesse site foi a funcionalidade de obtenção de dados do livro. Eu não queria que o usuário ficasse esperando eu adicionar um livro nem queria deixar o usuário digitar qualquer coisa. Também não queria ter que ficar digitando um monte de informação toda vez que eu quisesse adicionar um livro. Assim bolei um módulo que busca as inforamções na internet quando você digita o ISBN de um livro.

Inicialmente eu tinha pensado em fazer o site apenas para mim, mas aí pensei que outras pessoas talvez quisessem utilizar. Assim o projeto está no ar, e qualquer pessoa pode se cadastrar lá. Uma das funcionalidades que adicionei foi um relacionamento de usuários para formar uma mini rede social.

Uma curiosidade é que eu não fiz versão desse site para o Internet Explorer menor que o 9. Como eu disse, fiz o site para mim, e eu não uso esse navegador. No Firefox menor que o 4 também não ficou bom, mas quem usa versões velhas do Firefox? Quem quiser tirar algum proveito vai ter que utilizar o site numa versão mais moderna dos navegadores.

Algumas coisas ainda vão ser adicionadas. Algumas informações que foram obtidas automaticamente precisam ser corrigidas, mas o site já está funcional e eu já estou adicionando minhas listas.

Então, se você é um leitor ávido e quer manter um registro das suas leituras, dá uma passada lá no Tou Lendo!, faça seu cadastro e comece a usar!

Quando criamos sites é muito comum querermos que alguns blocos laterais sejam contextuais. Dependendo da página visualizada o bloco lateral deve exibir um determinado conteúdo. Um exemplo clássico é um site de jornal ou revista que exibe, num bloco lateral, conteúdo relacionado à notícia em questão. Esse tipo de relacionamento pode vir, por exemplo, das categorias da notícia atual ou mesmo da URL. Esse último caso é o objeto desse breve tutorial. Devo acrescentar que todo esse tutorial é feito com base no Drupal 7.

Suponhamos que uma notícia nesse site de exemplo tenha sua URL formada da seguinte maneira: http://www.example.com/<localidade da notícia>/<ano da notícia>/<título da notícia> e queremos utilizar a localidade da notícia e o ano da notícia para exibir, por exemplo, outras notícias veiculadas na mesma época e localidade.

Com o Drupal filtrar conteúdo com essa estrutura é bastante trivial. Para isso precisamos ter, acima de tudo, o conteúdo cadastrado já com esses campos (ou alguma outra forma de se formar essa URL e categorizar o conteúdo) e o módulo Views instalado.

Com o módulo Views criaremos o bloco que exibirá o conteúdo de uma determinada localidade num determinado ano. Esse tutorial não irá abranger a criação de uma View, apenas como configurar o bloco para receber esses parâmetros.

Como vimos no exemplo de URL acima, o primeiro filtro é a localidade. No meu exemplo eu usei simplesmente a UF (Unidade da Federação ou estado se preferir) como filtro. Para isso, antes de criar a View, no meu tipo de conteúdo Artigo eu adicionei um campo de UF. O segundo filtro é o ano e assim, da mesma forma que com a UF, eu adicionei ao meu tipo de conteúdo Artigo um campo chamado Ano (eu poderia ter pego da data de criação, mas preferi um campo para fins didáticos). Assim todos os meus artigos agora tem, além dos dados normais, dois campos extra: UF e ano. Por fim eu criei alguns artigos e preenchi também esses dois novos campos.

O passo seguinte é a criação da View. Não vou passar aqui todo o processo, apenas basta dizer que você deve criar a View normalmente como se fosse exibir todos os itens. Em seguida iremos acrescentar os campos de filtros contextuais. Para isso você deve ir na seção avançada da View (Advanced em inglês) e clicar no botão "adicionar" da seção "Filtros contextuais" ("Contextual filters" em inglês) e adicionar o primeiro filtro. Observe a URL:

http://www.example.com/<localidade da notícia>/<ano da notícia>/<título da notícia>

Nesse exemplo de URL eu espero dois campos para o filtro, sendo o primeiro a localidade (UF) da notícia e o segundo o ano. Lembre-se que todos os artigos têm esses dois dados preenchidos, assim temos que adicionar um filtro primeiro para a UF e em seguida para o ano como a seguir:

Imagem de seleção de campo

Imagem de configuração do filtro

Quando você clica no botão de adicionar, abre uma janela onde você pode escolher o campo. No meu caso o campo se chama Estado. Ao selecionar esse campo, você deve escolher, na seção "Quando o valor do filtro NÃO está disponível" ("When the filter value is NOT available" em inglês) a opção "Fornecer um valor padrão" ("Provide default value" em inglês) e em Tipo a opção "Valor bruto da URL" ("Raw value from URL" em inglês).

Por último você escolhe o "Componente do caminho" ("Path component" em inglês) que corresponde a posição do elemento que será usado como valor de filtro para aquele campo. Se você olhar para o exemplo de URL, após o endereço do site o elemento da UF é o primeiro item e o ano o segundo item. Então no caso do filtro por estado, basta deixar o "Componente do caminho" como 1.

Para filtrar pelo ano, basta repetir o processo com o campo do ano, lembrando que o "Componente do caminho" para esse item é 2, já que na nossa URL de exemplo esse é o segundo campo.

No final da página da view você pode testar se está correto, indo na parte de pré-visualização. Basta digitar os campos separados por barra (/). Por exemplo supondo que você tenha algum conteúdo criado para SP em 2010, basta digitar "SP/2010" e clicar no botão "Atualizar preview" ("Update preview" em inglês).

Espero que isso ajude. Se ficou alguma dúvida ou você encontrou algum erro, deixe um comentário.

Antes de mais nada um disclaimer: esse texto não é uma acusação nem defesa de nenhuma empresa, é apenas minha visão do mercado. Sou um grande incentivador do uso e disseminação do Software Livre, mas não me furto a usar software proprietário quando preciso ou acho mais produtivo. Isso posto, vamos ao texto.

A palavra Apartheid foi utilizada para descrever o regime de segregação racial na África do Sul por mais de 40 anos. Nessa época a minoria, branca, determinou, entre outras coisas, o fim dos direitos dos negros como cidadãos. Isso gerou uma série de embargos, conflitos e guerras. O regime de apartheid só terminou em 1994 quando houve uma eleição multirracial no país, onde Nelson Mandela ganhou as eleições.

Outro dia, após uma reunião, estava conversando com alguns colegas sobre o Software Livre e outros assuntos relacionados ao mercado de tecnologia. Entre outras coisas, comentei que gosto muito do design dos produtos da Apple (tanto software quanto hardware). Um dos colegas então comentou que não comprava nada da Apple porque, segundo ele, a empresa da maçã promoveria um "Apartheid tecnológico". Completou ainda dizendo que compraria um telefone com o sistema Android (que tem partes com Software Livre), mas não um iPhone pois o Google além de promover o Software Livre também deixava as pessoas usarem seus produtos de graça.

Eu fiquei pensando na afirmação do colega e tentando traçar um paralelo entre o governo sul-africano e a Apple para que, de alguma forma, conseguisse entender o que ele quis dizer com "Apartheid tecnológico". A única relação de "segregação" que eu pude estabelecer está no fato do preço dos produtos da Apple, em geral, serem acima da média dos demais fabricantes de hardware e isso faz com que o seu acesso não seja tão fácil para todas as camadas da sociedade.

Eu entendo que cada empresa, independente do ramo de atividade, tem liberdade para estabelecer o preço que achar justo para seus produtos. Por exemplo, peguemos a indústria automobilística: o que faz um Volkswagen Gol 1.0 zero Km ser mais caro que um Renault Clio 1.0 zero Km? Eu poderia dizer, sem medo de errar, que o prestígio da Volkswagen com o consumidor brasileiro é um dos principais fatores. Os dois carros são muito similares em funcionalidade, cada um se destacando em aspectos distintos, mas em suma, veículos 1.0 populares tendo um com preço maior que o outro.

Um iPhone tem funcionalidades semelhantes a um telefone com Android equivalente. Os dois são telefones, com funcionalidades semelhantes, mas um custa um tanto a mais que o outro. O que diferencia o preço de um e do outro então? Eu acredito que podemos atribuir, assim como no caso dos carros, que a Apple tem um prestígio maior (chame você como quiser) com o consumidor.

É claro que nas duas comparações acima existem outras variáveis. Preço de peças, qualidade dos materiais usados, impostos etc. Mas em geral os produtos se equivalem em qualidade, durabilidade, aparência e funcionalidade.

De volta à afirmação de que a Apple estaria promovendo um "Apartheid tecnológico". Essa afirmação te parece verdadeira se você pensar na comparação acima? Se sim, talvez fosse interessante você pensar em TODOS produtos disponíveis no mercado. Se essa afirmação é baseada em preço, então sempre tem alguém praticando algum tipo de "Apartheid", afinal sempre temos uma marca ou produto dominante no mercado, que custa significativamente mais caro que um similar. Ou você acha que Gilette é a úncia lâmina de barbear e Bombril é o nome oficial para lã de aço e que por isso eles são mais caros mesmo?

Outro aspecto que eu posso analisar na afirmação do colega é de que o Google estaria dando algo de graça para o usuário.

Ainda não conheço nenhuma empresa que não vise lucro. Assim sendo, tanto Google quanto Apple vão buscar vender mais para ter mais lucro. Talvez você nunca tenha percebido, mas ao usar um produto do Google, seja ele qual for, você está "pagando". Claro que você não está pagando isso com dinheiro (apesar de alguns serviços serem pagos), mas há um preço e um valor aí. Toda vez que você faz uma busca, diz para o Google o que você gosta ou gostaria. Isso gera estatísticas de tendência e/ou consumo. Gera informação. Isso é um dos bens mais caros do mundo, e você está dando "de graça" para o Google.

Não estou dizendo que você deve cancelar suas contas todas (eu tenho conta em praticamente todos os serviços do Google e gosto muito!), nem para que você entre no modo paranoico (apesar de conhecer alguns que entraram), mas não ache que algo é de graça só porquê você não está pagando com dinheiro.

Não creio que nem Google ou Apple estejam provendo nenhum tipo de "Apartheid". Ambas estão fazendo o que toda empresa faz: tentar ter lucro. O que diferencia uma da outra, a meu ver, é o tipo de mercado e consumidor que elas tentam atingir. O Google busca um mercado de massa. A Apple, busca um mercado de poder aquisitivo maior (que até pode ser de massa, mas menor). O Google é uma empresa fundamentalmente de software (ainda não produzem nenhum hardware para o grande público), a Apple é uma empresa, fundamentalmente, de hardware com software para dar suporte a esse hardware.

Afirmar que alguma empresa pratica uma política de segregação é ter uma visão um tanto míope do mercado. Empresas querem ter lucro e não importa se cliente é rico ou pobre, eles querem vender. Certamente há produtos que nem todos podem comprar, mas isso não é uma questão de segregação, alguns produtos são mais caros porquê os materiais ou o prestígio os fazem ser assim. E sejamos sinceros, hoje em dia qualquer pessoa compra um iPhone se quiser, não importando sua condição social, afinal em todas as operadoras você acha planos de iPhone parcelados em 12 vezes!

P.S: Tanto Google quanto Apple mantém projetos em software livre.

I've tried, few years ago, to write posts in english. At that time I've decided to read books in english to get better but it didn't work. The main reason it didn't work was because my english are very bad at that time.

I bought the book "Lord Foul's Bane" from the series "The Chronicles of Thomas Covenant, the Unbeliever". I must have read about 10 pages and quit. I couldn't understand a lot of expressions, words and sentences. This showed me how bad my english was and that I should do something to change it.

In a attempt to change it I enrolled in a english course and I spent 18 months studing. The school isn't a great school, but it "unblocked" me and gave me more confidence.

Last April me and my wife traveled to The United States. That was our first travel abroad and we visited Orlando and it's parks. We enjoyed Disney World, Sea World and Universal Studios a lot! The trip also contributed to the improvement and understanding of english and a little bit to our spelling.

Among the things I bought on our trip there is a Amazon Kindle, a e-book reader. With this device, buying books became very cheap and easy. Then I decided to give another try on reading in english (most of the books sold for the Kindle are written in english). That became a very exciting experience.

In two months I've read two books. Those wasn't small books, they were "The name of the wind" and "Wise man's fear". If you check, you'll see that I've read about 1600 pages entirely in english! That was a great accomplishment (do you remember my first try? Only 10 pages!).

At this moment I'm reading another book, in fact a trilogy called "Mistborn trilogy" by Brandon Sanderson which give me about 2200 pages to read. That's a challenge I've accepted and I'm enjoying.

The next steps, and this text is the first one, is to turn write in english a habit. I know it will be hard, not only because write in english is hard, but because have the habit of writing is hard for me. But I'm determined to give it a new try.

Essa semana entreguei mais um site feito com Drupal. Mesmo trabalhando há 8 com Drupal esse foi o meu primeiro site com algum tipo de E-commerce.

O site é o Omicron Fine Art. A proposta do site é comercializar fotografias de alto padrão de fotógrafos renomados.

Site Omicron Fine Art

O projeto

O cliente me procurou querendo um site para poder divulgar e comercializar fotografias de alguns dos mais renomados fotógrafos do Brasil. Esse site é uma galeria virtual e também uma loja onde as pessoas podem comprar, em edições limitadas, fotos dos artistas.

A execução

Como de costume, fiz o site inteiramente com Drupal. A versão escolhida foi a 6, pois é a que eu tenho mais familiaridade e também a com maior número de módulos em versão estável para as funcionalidades necessárias.

O trabalho mais pesado do site foi adaptar o padrão visual desenvolvido pela agência CS Revue ao Drupal. O trabalho foi facilitado pois o diálogo com os designers sempre foi muito aberto e simplificado.

O restante do site é constituído de portfólio dos artistas e seus produtos à venda.

Para fazer o site usei, ao todo, 42 módulos (veja o make file). Tive que fazer uma adaptação do módulo UC Boleto para usar uma biblioteca mais simples do que a BoletoPHP, o que gerou o que, no momento que escrevo, é a versão de desenvolvimento do UC Boleto integrada à biblioteca Boleto escrita pelo Francisco Luz.

Resultado

O resultado já está no ar e pode ser visto em www.omicronfineart.com.br. Ainda são necessários alguns pequenos ajustes de layout que vão aparecendo à medida que o site vai recebendo conteúdo real, mas está praticamente pronto.

AnexoTamanho
Binary Data Drush Make732 bytes

Recentemente foi iniciada uma nova rodada de discussões sobre a comunidade Drupal no Brasil. Junto com essas discussões, também foi iniciada uma nova discussão sobre uma reestruturação do Drupal Brasil (site que eu crie e manti por um bom tempo).

Alguns devem ter percebido que me mantive ausente de toda a discussão sobre o novo site do Drupal Brasil, e que dei poucas opiniões sobre a comunidade Drupal no Brasil.

Então, antes que alguém me acuse de estar praticando aquilo que critiquei, quero expor alguns motivos (bem simples) da minha ausência nessas discussões:

  • Já debati várias vezes esse assunto, no Drupal Brasil, via Gtalk, vi irc e, para ser bem sincero, não estou motivado a discutí-lo novamente. Não porquê eu não o ache importante, longe disso, mas porquê eu cansei (intelectual e fisicamente) da discussão.
  • Acredito que quem dá sua opinião tem que estar disposto a fazer algo para implementá-la. Eu estou sem tempo para dedicar a novas tarefas e certamente não poderia assumir nada do que eu teria para propor.
  • Todo mundo (ao menos os mais interessados) já sabem quais são as minhas sugestões anteriores.
  • Tenho pouco a acrescentar daquilo que já foi dito, e por isso também evitei enviar novos comentários.

Esse é um resumo dos meus motivos. Algumas outras coisas me incomodam, mas não vêem ao caso, uma vez que são coisas pessoais e que não vão se resolver rapidamente.

No entanto escrevo isso não para desmotivar alguém de participar. Escrevo unicamente para esclarecer. Tenho visto o levante de algumas pessoas como o Pedro Faria, Pedro Rocha, Paulino Michelazzo, Thiago Régis e alguns outros. Essas pessoas estão fazendo um bom trabalho em discutir, rediscutir e coordenar uma estruturação da comunidade que eu não dei conta de fazer. A eles os meus cumprimentos e o sincero desejo de que dessa vez seja diferente.

Como membro da comunidade, irei continuar contribuindo conforme o que eu posso, com código, screencast e um ou outro tutorial. Mas discussões desse tipo, por enquanto eu passo.

Esse é um post atipico para blog, mas resolvi fazê-lo aqui, pois tem um pouco mais de visibilidade que o meu outro blog e o que vou escrever aqui, espero, possa ajudar alguém também.

A versão resumida é: ontem, dia 18/03/2011 roubaram meu carro, um Sandero, por volta das 21h no bairro do Cabral, em Curitiba. Hoje, 19/03/2011, por volta das 14h (menos de 24h depois do roubo) o carro foi encontrado a não mais que 500m do local onde eu o deixei.

Estavamos, eu e minha esposa no grupo de comunhão da Comunidade Bíblica como, costumeiramente fazemos. Nesse dia o evento foi na casa dos amigos JJ e Stael, que fica no Cabral. Deixamos o carro em frente ao condomínio deles (onde já moramos outrora). Algo que fazemos com frequência. Nunca tinhamos tido relato de que roubavam carros ali.

O grupo de comunhão foi até às 23h (a gente se empolgou, bateu papo, comeu). Quando descemos, o carro não estava lá. Descemos junto com o casal que é líder do nosso grupo e com uma amiga violinista, que foi ao nosso grupo.

Essa amiga estava com seu violino, que deve custar uns R$ 5000,00. Quando chegamos, ela perguntou se poderia deixar o violino no porta-malas. Eu e a Débora falamos para que ela levasse consigo, pois nunca se sabe. E assim ela fez, não deixou no carro.

Ao darmos falta do carro, ligamos no 190 e fizemos o alerta do furto, e nos dirigimos para a Delegacia de Futo e Roubo de Veículos de Curitiba. Ao chegarmos na delegacia, haviam lá duas outras vítimas de roubo e futo. Um casal que estava lá relatou que banditos armados os abordaram quando chegavam em casa, renderam eles, bateram neles, e lhes roubaram tudo que havia em casa. Até a aliança de casamento levaram. Outro rapaz se quixava do furto do seu veículo, também ocorrido há pouco.

Fiz o boletim de ocorrência (isso já era por volta de 0h do dia 19/03). Quando cheguei em casa (por volta de 1h da manhã) liguei no seguro e comuniquei o sinistro e solicitei o carro reserva. Hoje pela manhã pegamos o carro reserva na locadora de veículos.

Então, estávamos almoçando aqui em casa (eu, Débora, JJ e Stael) quando eu recebo uma ligação da polícia dizendo que meu carro havia sido encontrado. Fomos até o local, que não fica a mais do que 500m de onde ele foi roubado, e encontramos os policiais e o casal que chamou a polícia.

O casal contou que, na noite anterior, haviam visto dois homens revirando o carro, tanto no capô quanto no porta-malas. Viu que um deles estava armado e, acreditando ter sido um roubo, ligou para a polícia. Isso foi por volta das 21h do dia 18/03. No momento que isso acontecia, eu não sabia que o carro tinha sido roubado, e então não havia prestado queixa. Dessa forma a polícia não deve ter dado crédito ao rapaz que ligou.

Hoje, no entanto, o casal viu que o carro continuava lá e ligou para a polícia, que então me ligou e fomos lá. Ao chegar lá vimos que o carro tinha sido bastante remexido por dentro. Vimos que os bandidos haviam quebrado parte do sistema de ignição (uma tampa de cobertura, na verdade) e desconectado vários cabos. Não sei ao certo o que aconteceu para que eles fizessem isso. Fato é que conseguimos (eu e o rapaz que chamou a polícia) conectar os cabos e, de posse da chave, dar partida no carro. Assim, levei o carro na delegacia, onde o mesmo será periciado, e poderei retirá-lo na segunda-feira.

Isso foi o que aconteceu, agora quero compartilhar um pequeno testemunho diante disso tudo.

Como você deve saber, sou Cristão, e como tal acredito em Deus. Sempre fui uma pessoa um tanto estressada, e fico irritado facilmente (eu sei, preciso melhorar nisso). Apesar de toda essa situação estressante, ontem foi muito diferente. Eu senti paz e uma calma, sobrenatural. Algo que nunca tinha sentido antes, numa situação como essas. Quando dei falta do carro, claro, fiquei apreensivo. Mas essa paz que mencionei foi que clareou a mente e possibilitou que eu (e os meus amigos) tomássemos as providências que mencionei acima.

Depois de todo o ocorrido, ao chegarmos em casa, eu e a Débora nos abraçamos e fizemos uma oração de agradecimento a Deus. Oração esse que agradecemos pelo carro que tinhamos e, que mesmo tendo sido roubado é, certamente, um presente de Deus. Agradecemos também pelo salvamento de não termos sidos sequestrados, de não termos sido agreditos, de não terem levado tudo da nossa casa, de não termos deixado o valioso violino de nossa amiga no carro, pela paz como tudo se conduziou.

Hoje é mais um dia de oramos, agradecendo a Deus pelo carro encontrado. Agradecermos porque o carro não foi mais danificado e não levaram NENHUM pertence que estava no carro (casacos, livros, meu crachá, cds, nem mesmo umas moedas). É dia de agradercemos a Deus pois ele cuidou desse processo maravilhosamente bem, e, apesar de um certo sofrimento e incômodo, temos certeza que Deus nos protege. Tenho certeza que alguma lição eu vou aprender com essa situação. Aliás, pelo menos uma eu já aprendi: confiar em Deus, faz toda diferença!

Aos que oraram conosco, que nos ajudaram, que encontraram o nosso carro, muito obrigado. Deus sabe o quanto gostariamos de poder retribuí-los de uma forma melhor, mas eu espero e oro para que, sinceramente, Deus derrame a mesma paz sobre vocês!

O Drupal, muitas vezes, é comparado com um Lego. Assim como o Lego, você pode fazer várias coisas diferentes, dependendo das peças que você tem. Você pode fazer um simples blog, ou um complexo site de revista com vários perfis de acesso e workflows complicados. Tudo vai depender das peças (módulos) que você tem à disposição.

No entanto, diferente do Lego, no Drupal, peças antigas não podem ser usadas junto com um conjunto novo. Quer dizer, não antes de uma remodelagem. Com isso, alguns módulos que você tinha à disposição na versão anterior, não necessariamente estão disponíveis na versão mais nova. Às vezes eles deixam de existir, outras vezes eles demoram para ser atualizados.

Em geral, essa atualização (remodelagem) demora alguns poucos meses. No caso das versões para o Drupal 7, teve um grande número de módulos promentendo uma versão estável já no lançamento do mesmo, mas nem todos conseguiram. Por esse motivo eu demoro um pouco para atualizar os meus sites. Também demoro um pouco para começar a usar as últimas major versions em projetos novos.

Mas então, qual versão do Drupal devo usar?

Essa pergunta guarda algumas armadilhas. Não dá para dizer ao certo sem um detalhamento melhor do que a pessoa quer fazer. Geralmente eu recomendo usar a última versão estável, mas na situação que mencionei acima, isso pode ser ruim.

No momento em que escrevo esse post, o Drupal 7 tem pouco mais de 2 meses de idade e eu não o considero ideal para todos os casos. Sites complexos devem esperar alguns módulos sairem das suas versões alpha, beta e dev. Um exemplo claro é o módulo Views, ele ainda está em franco desenvolvimento, e seu uso não é recomendável.

Assim, recomendo antes fazer um levantamento de tudo que você vai precisar e, só então, avaliar qual versão atende o que você precisa.

Conclusão

Usar a versão anterior do Drupal não é um problema, desde que você se programe para uma migração, quando suas necessidades forem atendidas pela versão mais nova. Mas sair correndo para a versão mais nova pode te causar muita dor de cabeça, esforço e dinheiro dependendo do estado dos módulos que você vai precisar.

Trabalhar com módulos em versão de desenvolvimento, ou ainda em alpha ou beta pode ser um tanto desagradável. O módulo Panels, por exemplo, em um dado momento, teve uma das suas versões canceladas enquanto estava em desenvolvimento. Assim, quem estava usando aquela versão teve que "se virar" e fazer a atualização para a versão seguinte. Eu passei por isso e não foi legal.

Ao desenvolver com o Drupal, lembre-se sempre que você vai precisar de módulos extra, e são eles, muitas vezes mais do que o core, que vão te dar a solução ou a dor de cabeça.

Antes de falar do Drupal no Brasil, um breve background meu.

Trabalho com Drupal desde 2003 e desde então dedico parte do meu tempo a fomentar o uso dessa ferramenta. Faço isso de algumas formas que, não sei se são as melhores mas são as que posso.

Em 2004 eu criei o Drupal Brasil, um site que serviu e ainda serve de ponto de encontro para, principalmente, pessoas que querem aprender a usar o Drupal. A maior parte das pessoas que acessam o Drupal Brasil são pessoas que estão aprendendo a usar a ferramenta a estão precisando de alguma ajuda.

No começo eu respondia todos os tópicos que eu sabia alguma coisa, depois, com o tempo se escasseando (me casei nesse meio tempo, me mudei, assumi novas responsabilidades, etc.) passei a responder menos tópicos.

Em 2010 passei a direção do site para o meu amigo Thiago Régis, que, na medida do possível tem mantido a mesma filosofia. Eu, por minha vez, continuo respondendo alguns tópicos tanto no site quanto na lista de discussões. Tenho dedicado parte do meu tempo para a gravação de screncasts. Adotei essa postura pois acredito que o mercado tem pedido muito por treinamentos de Drupal.

Outra forma que utilizo para incentivar o crescimento do Drupal no Brasil (e como um todo) é ministrando treinamentos. Atualmente ministro treinamentos in company  e treinamentos recorrentes (esses promovidos pela Tempo Real Eventos).

Todo esse texto até aqui é para falar um pouco do que eu tenho feito, mas o que quero falar mesmo é do que, eu acredito ser um grande problema do Drupal no Brasil.

Eu, ao contrário de muitos radicais, acredito que o Software Livre (e não só o Drupal), depende grandemente de empresas para se espalhar e ser adotado. São as empresas que desenvolvem o software (ainda que muitos desenvolvedores individuais também o façam), são as empresas que demandam funcionários, são as empresas que criam capacitações, são as empresas que pagam salários de desenvolvedores independentes. Obviamente que pessoas físicas também podem fazer tudo isso, mas o incentivo e abrangência é muito menor.

Eu (e posso estar enganado) não tenho visto essa abordagem, no Brasil, por parte das empresas. Vejo a Acquia fazendo um grande trabalho desse tipo (ao pagar desenvolvedores para desenvolverem o Drupal 7), vejo o pessoal da Commerce Guys desenvolvendo ativamente o módulo de E-commerce para o Drupal 7. Vejo a Lullabot lançando entrevistas, posts, módulos e outros materiais. Vejo o pessoal da Node One fazendo screencasts maravilhosos.

E no Brasil, cadê as empresas? E não estou falando só de uma ou outra, pois sei que muitas (centenas, talvez) de empresas usam e desenvolvem com Drupal no Brasil. Cadê esse pessoal que não está produzindo nada para a comunidade? Onde estão os desenvolvedores Drupal que trabalham nessas empresas?

Não estou falando só de participar no Drupal Brasil ou numa lista de discussão, estou falando de produzir material de qualidade. Estou falando de fomentar o mercado e a adoção da ferramenta. Estou falando de dar visibilidade ao Drupal no Brasil.

Outro dia reclamei que o Governo Brasileiro não usa Drupal. É verdade! Eu conheço diversas empresas e órgãos do governo que usam Wordpress, Zope/Plone, Joomla! e até (argh!) Xoops. Mas, tirando meia dúzia de prefeituras e universidades, não vejo ninguém de peso usando Drupal no Brasil. Cadê que tem algum ministério rodando Drupal (tem alguns com Wordpress)? Cadê o site da Câmara ou Senado, como o Whitehouse ou o House.gov?

Não estou falando de trabalhar de graça, estou falando de fazer divulgação, investir em treinamentos, capacitar pessoas, melhorar a qualidade dos projetos desenvolvidos, de ganhar dinheiro com Drupal no Brasil.

Quem acha que uma empresa está "entregando o ouro" ao fazer um screncast ou liberando um módulo, está vivendo no século passado. Uma empresa que ganha visibilidade no mercado, divulgando, fomentando e desenvolvendo Drupal, tem muito mais chances de ser conhecida e contratada que outras que fica "escondendo o jogo".

Do meio do ano passado para cá já recebi três ofertas de trabalho (que não pude aceitar pois não tenho empresa) para re-desenvolver sites de clientes (e empresas grandes) pois foram mal feitos com Drupal. Em pelo menos um deles a pessoa não quer ver, nem pintada de ouro, a cara da empresa que fez o trabalho, de tão porco que foi feito.

Empresas, acordem, fomentem o desenvolvimento, a divulgação o conhecimento do Drupal no Brasil. Vocês que têm uma flexibilidade maior que apenas uma pessoa física, como é o meu caso. Vamos mostrar o poder da ferramenta e vamos dar emprego e formação aos milhares de desenvolvedores brasileiros!

Dia 21/01/2011 foi o meu quarto dia de Campus Party. Abaixo um resumo do que eu vi.

Pela manhã eu vi a palestra sobre Green Computing do Daniel Augusto Duarte Soares. Ele falou sobre modos como podemos poupar energia, reduzir custos e reaproveitar os equipamentos que temos em casa. Achei bem interessante.

Em seguida vi a palestra do Jovem Nerd no palco principal. Para variar foi excelente. Dessa vez eles falaram do orgulho nerd, e mostraram exemplos de pessoas que não tiveram medo de desenvolver suas idéias e abriram empresas e criaram negócios.

Tentei assistir a palestra sobre Python Ágil do Ramiro Luz, mas estava tendo problemas com falta de luz e uma grande bagunça atrás da platéia e não deu para aproveitar muito. O que vi foi interessante, e deu para conhecer um pouco de TDD com Python.

Outra palestra que vi, essa por acaso, foi "Manipulação de exemplos de robótica de baixo custo" do Marcos Augusto Francisco Borges que é professor da Unicamp. Ele mostrou alguns exemplos de iniciação científica e desenvolvimento de projetos com robótica na Unicamp. Achei bem interessante o trabalho deles lá e fiquei bastante instigado a aprender um pouco de robótica, como hobby.

No período da noite vi a palestra "HTML 5 e o futuro da Web" do Maxwell Dayvson. A palestra em si não teve muita novidade para mim, pois já estava acompanhando bastante o avanço do HTML5. O que achei bem legal foram os frameworks e os exemplos que ele mostrou.

A última palestra que vi nesse dia foi de Gnome Shell com o Rodrigo Padula, parceiro de outros projetos. A palestra foi interessante e quebrou um bocado do meu preconceito com o Gnome Shell e me fez até ter vontade de instalá-lo e testá-lo.

Agora estou no último dia, e verei poucas palestras pois hoje também volto para casa.

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